Autores:

  • Mr. Guilherme FRANCO MIRANDA, (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil)
  • Dr. José Vicente LIMA ROBAINA (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil)
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    Resumen:

    O objetivo deste trabalho é refazer um resgate histórico dos movimentos sociais do campo na efetivação das Licenciaturas em Educação do Campo no Brasil. A luta pela terra foi realizada por conjuntos de ações e relações sociais e econômicas, essas influências denotam formas de organização e conteúdo de reivindicações por um projeto maior de Reforma Agrária, defendido pelos movimentos, por exemplos, Via Campesina e Movimento dos Sem Terra (MST). Nesse contexto – a educação voltada para a população do campo no Brasil –, por muitos anos, desconsiderou a diversidade inerente ao país, deixando à margem do processo de formação todos os que divergiam dos parâmetros culturais das elites e perpetuando um modelo excludente e antidemocrático de educação básica para o campo. Nessa dinâmica social e cultural, é de extrema importância temos a sensibilidade de pensar e nos questionarmos a formação de professores para o campo, pois captar a escola que está brotando no campo, é observar os conjuntos de ações, gestos e lutas sociais desse ambiente. A metodologia desta pesquisa foi uma pesquisa histórica (RÜSSE, 2007) a partir da Pedagogia do Movimento (CALDART, 2000), analisando a construção de uma formação pedagógica que tenham matrizes e ideologias do campo. Como resultados, todo o percurso dos Movimentos do campo e as concepções de educação foram sendo gestadas e, atualmente, essas concepções podem ser utilizadas como referência básica aos planos operacionais dos Estados e municípios em relação a uma política pública que atenda às necessidades da formação institucionalizadas dos militantes dos Movimentos. Exemplificando, uma das principais reivindicações para uma política pública voltada a Educação do Campo, é a da que o Estado não só assegure o direito à educação, mas também assegure a especificidade nos diferentes contextos das populações campesinas, reconhecendo principalmente, suas diferenças, seus costumes, suas crenças e as suas tradições próprias, previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional brasileira (Lei 9394/96) (BRASIL, 1996). A educação do campo não deve ficar silenciada no currículo e os educadores devem se empenhar no desenvolvimento e exploração da cultura rural, o aprendizado das crianças e a convivência social terão muito mais êxito e as crianças terão mais prazer nas salas de aula, pois, estarão falando sua própria língua e aperfeiçoando seus conhecimentos, mantendo viva a sua história, seu modo de vida, sem abrir mão da qualidade do ensino e para isso, é necessário uma formação de professores que consolide tais práticas.

  • Tipo: Presentación oral
  • Sesión: Comunicación Oral 26
  • Eje temático: Transformación de la enseñanza